terça-feira, 11 de agosto de 2009

A CRENÇA UNIVERSAL NA REENCARNAÇÃO (1): INTRODUÇÃO


Minha querida prima e irmã no santo, Cacau, fez um comentário muito bonito na primeira postagem deste blog dizendo que quando descobriu a própria alma, se encontrou. Bonito demais isso! Ela diz também que nunca entendeu quem não acredita em alguma coisa além da morte. A vida fica sem sentido. E é exatamente quando resolve ir atrás desse sentido que o homem se volta para Deus, para algo maior e além dele próprio. Ao contrário do que muita gente possa imaginar, pesquisas dão conta que 2/3 da população mundial acredita na reencarnação. No Brasil, graças à profunda penetração dos cultos afro-brasileiros e da doutrina espírita de Kardec, é bem provável que esse número seja ainda maior.

Ainda que a definição de “reencarnação” ganhe nesta pluralidade de culturas e regiões mundiais muitas variações, basicamente é tida como a crença na sobrevivência do espírito (ou alma) humano após a morte do corpo material. O chamado desencarne. E seguida por uma passagem por um ambiente astral (ou espiritual), o seu retorno à crosta terrestre, a orbe que habitamos ou alguma outra em alguns casos, em um novo corpo físico. A reencarnação propriamente dita.

Enquanto o espírito se encontra no ambiente astral, ele toma conhecimento de suas ações e pensamentos ao longo da vida terrena, sabendo de suas encarnações anteriores, seus erros e acertos e se preparando para voltar e começar tudo outra vez, até que a soma dos seus acertos seja significantemente maior que a dos seus erros (carma e darma ou causa e feito). Esta é a visão resumida de como a Umbanda enxerga o processo de reencarnação. Considerada uma das crenças mais antigas do planeta, o legal mesmo é quando a gente descobre que quase todas as outras religiões do mundo, de uma forma mais explícita ou meramente metafórica, concordam com essa visão.

E é exatamente para gerar um pouquinho dessa polêmica e dar aos nossos irmãos e leitores mais conhecimento sobre este assunto que nós vamos publicar, a partir de hoje, uma rápida visão da reencarnação em outras religiões. Vale lembrar, que não temos aqui a pretensão de fazer um guia ou um tratado completo. Ao contrário, queremos apenas indicar o caminho para futuras pesquisas a quem se interessar pelo assunto. E para se fazer justiça, é bom também que se diga que todo pesquisador costuma defender as idéias em que acredita, de modo que o que se lerá aqui, será escrito sob a ótica umbandista, religião, aliás, a qual se propõe discutir este blog.

“Boa viagem” me parece mais do que apropriado para quem iniciar essa leitura...

A seguir: A CRENÇA UNIVERSAL NA REENCARNAÇÃO (2): EGITO E ORIENTE MÉDIO

3 comentários:

Unknown disse...

Queridão, estou fazendo a minha parte, ou seja, divulgando o blog. Uma lástima nossa conversa ser interrompida de forma tão brusca, afinal, um bom papo com um amigo, irmão e tio ao mesmo tempo, não faz mal a ninguém!
Só para não fugir do texto que aqui comento, acredito que uma das grandes provas de que reencarnamos, é a empatia natural que temos por algumas pessoas.
Deixo a pergunta para os seus leitores: quantas pessoas você já conheceu, que, sem mais nem menos, despertaram em você uma empatia e um carinho sem precedentes??
Aqui, o meu depoimento: em Teresópolis encontrei pessoas que tenho uma carinho tão grande, mas tão grande, que seria impossível caber em uma só encarnação...

Marcelo disse...

queridão... realmente uma pena!!! espero podermos ter mais oportunidades!!! conhecimentos kármicos, sejam positivos ou negativos, vai ser um assunto que vou abordar no futuro em nosso blog!!! no que isso pode influenciar nossas encarnações e sob q aspectos devemos lidar com esta situação. Com certeza, convivemos com pessoas que não conhecemos só desta vida... não há dúvida nenhuma...

Unknown disse...

Marcelo querido
Esse assunto é palpitante e merece estudá-lo.
Numa de muitas pesquisas sobre esse tema, encontrei algo muito interessante que venho compartilhar com os meus queridos irmãos (ãs).Veja:

No livro "Viva sem Morte", o autor Nils O. Jacobson, destacada figura da psiquiatria e parapsicologia, na Europa, ao fazer um balanço sobre a crença na Reencarnação, verifica que as maiores objeções apresentadas pelos seus correspondentes, se referem ao fato de que "não nos lembramos de quem fomos . E realmente os argumentos, às vezes até mesmo aguerridos dos que têm obrigação religiosa ou profissional de defender a tese anti-reencarnacionista, são sempre ligados ao fato de que estaríamos passando por agruras cujas causas desconhecemos e que, portanto, estaríamos sendo punidos, sem que nos dessem a conhecer as razões do procedimento de Deus-Juiz em relação a cada um de nós.

No entanto, encontro, de certo modo, no Mahatma Gandhi, uma proposta que seria válida a todas as questões que se levantam no tocante a este assunto. Em "Cartas a um Discípulo", ele diz: "Não conservar a memória das reencarnações anteriores é sinal da bondade da natureza para conosco. Que bem receberíamos por conhecer os particulares dos inúmeros nascimentos que já tivemos? Se fôssemos obrigados a suportar tão terrível carga de memória ao longo do nosso caminho, a vida se tornaria um fardo muito pesado".

O esquecimento, pois, de nossas vidas passadas não representa um mal, um procedimento draconiano do Governo Divino, mas, pelo contrário, a aplicação da mais profunda sabedoria.
Vamos refletir sobre esta visão sobre o tema da reencarnação?
Um beijo fraterno no seu coração.

Lucia Lobo (CEUXCO)